Além de problemas emocionais, a baixa autoestima também provoca distúrbios físicos. Inclusive, o levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) comprovou isso.
De acordo com a pesquisa, que foi realizada em todos os estados brasileiros, cerca de 56% dos entrevistados desenvolveram essa condição depois que perderam seus empregos.
E, por conta desse motivo também, 45% deles começaram a sentir vergonha de familiares e amigos próximos. Ou seja, uma parte significativa desse grupo passou a sofrer desânimos, insegurança, angústia, estresse, medo, além de enxaquecas e alterações na pressão arterial e no apetite. Viu como isso pode ficar sério? Então leia este artigo até o final e descubra quando procurar ajuda.
O que é baixa autoestima?
A autoestima é aquela característica positiva, na qual nós nos sentimos valorizados e nos contentamos com o que somos e temos. Portanto, é aquilo que traz confiança nas nossas atitudes e julgamentos. Por outro lado, a baixa autoestima é o contrário disso. Logo, ela é caraterizada pela perda do valor que depositamos em nós mesmos.
Por que isso acontece?
Primeiramente, não há um motivo específico, mas algumas causas são comumente associadas à essa condição. Entre os principais indícios, destacamos o sentimento de culpa, a generalização das experiências vividas, as comparações com os outros, o excesso de autocobrança e autossabotagem.
Quais são os sinais recorrentes da baixa autoestima?
É importante ressaltarmos que a baixa autoestima é o ponto de partida para vários distúrbios, como transtorno de ansiedade, dependência emocional, anorexia, bulimia, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Logo, é importante você prestar atenção nos sintomas, pois só assim é possível implementar uma terapia capaz de melhorar esse quadro. Para lhe ajudar nisso, destacamos alguns deles:
- Medo da rejeição;
- Tendência à procrastinação;
- Excesso de preguiça;
- Hábito de culpar os outros pelos próprios problemas;
- Timidez exagerada;
- Medo de cometer erros;
- Excesso de autocrítica;
- Pensamentos negativos frequentes;
- Dificuldade de aceitar os próprios limites;
- Busca frequente por elogios;
- Necessidade da aprovação de outras pessoas;
- Dificuldade para tomar decisões;
- Medo de tomar iniciativa;
- Desleixo com a própria saúde;
- Sensação de derrota antes mesmo de iniciar um projeto;
- Dificuldade para expressar emoções;
- Inveja de pessoa bem-sucedidas;
- Dificuldade de atingir as próprias metas;
- Descrença sobre a própria capacidade;
- Falta de confiança em si próprio.
Quando procurar ajuda especializada?
Um ponto que precisa ser observado é a frequência dos episódios. Juntamente com isso, também é necessário observar a intensidade dos sintomas, porque, a partir disso, você consegue ter uma noção global do quanto a baixa autoestima lhe afeta. Portanto, essa autoavaliação deve ser levada em consideração, a fim de evitar problemas correlacionados.
Mas, como mencionamos, essa condição não acarreta apenas consequências emocionais, mas físicas. Nesse caso, verifique-as também. Ou seja, dores de cabeça regulares, alterações na pressão arterial, arritmia, fraqueza muscular, azia, problemas estomacais, cansaço exagerado, dificuldade de respirar.
Como abordamos, a baixa autoestima pode desencadear transtornos mais graves, já que ela é a origem de muitas desordens emocionais e físicas. Por isso, a observação dos sintomas ajuda você a descobrir o momento de procurar ajuda médica especializada.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Foz do Iguaçu!