No mundo, mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Aqui, no Brasil, os números sobre a doença também são significativos, uma vez que 12 milhões de brasileiros passam pelo mesmo problema.
Apesar de os números serem expressivos, muitos brasileiros se dizem envergonhados quando precisam revelar o diagnóstico. Por isso mesmo, 63% das pessoas entrevistadas pelo Ibope declararam que não contariam para suas famílias se tivessem a enfermidade.
Não para por aí, porque os jovens entre 18 e 24 anos que participaram da pesquisa alegaram que não contariam sobre a doença no ambiente de trabalho ou acadêmico.
Vale ressaltar que o crescimento da depressão entre adolescentes e jovens cresceu cerca de 115% no Brasil. Logo, este é um assunto de utilidade e saúde pública. Por isso, neste artigo, explico como é feito o diagnóstico da depressão. Quer ficar por dentro do tema? Continue a leitura!
O que leva uma pessoa a desenvolver depressão?
Os motivos, normalmente, variam de pessoa para pessoa. Porém, alguns fatores merecem destaque. Por exemplo, a vulnerabilidade genética faz com que algumas pessoas se tornem mais vulneráveis que outras.
Além disso, os maus hábitos ou algum gatilho também estão associados a esse tipo de manifestação. Ou seja, os vícios, a má alimentação, o estresse, o luto, as dívidas, enfim, tudo aquilo que, de alguma forma, desequilibra o funcionamento do organismo pode ser um fator de risco.
Quais são os sintomas da depressão?
Dentre os vários sinais da depressão, a mudança no humor merece destaque. Isso porque, geralmente, uma pessoa depressiva sente tristeza profunda, sentimento de culpa e isso faz com quem ela se auto desvalorize.
Além disso, é comum o doente ter alterações no apetite, na vida sexual e também no físico, já que as sensações de cansaço, dores pelo corpo, sonolência e insônia são frequentes neste quadro.
Como é feito o diagnóstico da depressão?
O diagnóstico só é obtido a partir de exames clínicos e sob a supervisão de um médico psiquiatra. No geral, o especialista conversa com o paciente para entender um pouco do seu contexto familiar, em relação à doença. Depois disso, o submete a alguns exames, a fim de analisar o histórico clínico.
Quais são os tratamentos recomendados?
O tratamento contra a depressão é multidisciplinar, portanto, implica o envolvimento de diferentes profissionais e atividades. Por exemplo, a mudança de hábitos é fundamental para o paciente que passa por esse problema. Então, além da medicação é imprescindível que ele estabeleça rotinas mais saudáveis no dia a dia.
Vale dizer que o acompanhamento psicológico é importante, porque isso ajuda o enfermo no processo de autoconhecimento. Outro ponto importante tem a ver com a prática de atividades físicas, visto que o sedentarismo compromete a recuperação.
Ou seja, o tratamento envolve o que chamamos de psicoeducação, terapia familiar, terapia comportamental, psicoterapia, fototerapia, enfim, implica a atenção de diferentes especialidades médicas.
Infelizmente, nos dias atuais, o número de pessoas depressivas aumenta consideravelmente. No entanto, embora os resultados de pesquisas realizadas até agora sejam preocupantes, é fundamental o envolvimento de todos no combate à depressão.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Foz do Iguaçu!