Você conhece alguém que considera difícil de lidar, genioso, impulsivo, explosivo, irritável por qualquer motivo? Essa pessoa pode ser bipolar.
As vezes por conta de alterações bruscas de humor, desadaptação ao ambiente de trabalho, relacionamentos e mudança de desempenho serem sintomas constantes, tais alterações podem não ser percebidas pelo paciente e ele acaba procurando ajuda médica somete quando entra numa fase depressiva da vida. Quem as percebe geralmente são familiares e amigos.
Estatisticamente a prevalência ao longo da vida do transtorno bipolar na população é de 1%, mas pode variar em alguns estudos de 3% a 10,9%.
O transtorno pode se manifestar em todas as fases da vida. Caracteriza-se por episódios depressivos ao longo da vida associado a períodos de mania, hipomania ou mistos.
• Mania
A mania não se refere a costumes ou teimosia. Mania no transtorno bipolar possui uma conotação de estado de humor irritável com características de impaciência, pressa, euforia, desinibição, alegria, vontade de rir, interesse em temas sexuais e religiosos, compulsões, pressão para falar, aumento da auto confiança, pensamentos de grandeza, falta de sono, aceleração de pensamentos, alternando com crises de choro e até agressividade.
A atividade psicomotora aumenta alguns pacientes tem pensamentos incoerentes, delírios, alucinações e desorientação. Muitas vezes para proteger o paciente moralmente e que ele não cause danos a sua própria vida é necessária uma internação psiquiátrica mesmo que breve.
• Hipomania
Pode durar a partir de 2 dias, os sintomas devem ser distintos do estado prévio do paciente. As vezes os pacientes sentem como uma experiencia agradável sair da depressão. Não é necessário apresentar irritabilidade.
A presença de aumento de atividade, mais energia, perda do apetite, insônia, aumento de rendimento em estudos, trabalho, escrever, conversar, ajudar os outros, vícios, interesse em viagens, internet, sem se sentir cansado com todo esse aumento de atividades pode indicar um episódio de hipomania.
O indivíduo não apresenta sintomas psicóticos, se isso ocorre já pode estar em quadro mais grave de mania bipolar.
• Estados Mistos
As vezes é visto como uma depressão “agitada” e com ausência de humor eufórico característico da mania. Os sintomas são descritos como uma mistura de sintomas depressivos e maníacos. O paciente tem agitação psíquica, sensação subjetiva de sofrimento, pressão para falar, aumento de atividades de risco, ansiedade, impulsividade, humor depressivo, crises de choro, labilidade emocional, descrições dramáticas de raiva e irritabilidade imotivada.
• Tratamento
O impacto negativo da doença na vida do paciente bipolar é alto. As relações familiares são afetadas, com rejeição e estigmatização. O tratamento visa a estabilização do humor, já que até o momento não existe uma cura para o transtorno.
É muito comum o paciente sentir-se bem com o tratamento e abandonar os medicamentos sem o acompanhamento médico. Muitas vezes essa atitude leva a novas crises de mania e hipomania. Assim deve-se compreender o diagnóstico e aceitar o tratamento evitando mais danos a vida profissional, pessoal e a saúde do paciente.
Os medicamentos mais utilizados nos protocolos de tratamento são estabilizadores de humor, antimaníacos, anticonvulsivantes, antipsicóticos e benzodiazepínicos. Algumas vezes é preciso combinar alguns deles para se chegar a estabilidade do paciente.
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