Hiperatividade, distração, agitação, desorganização, esquecimento e impulsividade. Esses são os sintomas mais comuns do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), que acomete de 5 a 8% das crianças, com maior incidência em meninos.
É uma doença neuropsiquiátrica crônica, que se inicia na infância, mas que pode acompanhar o indivíduo por toda a vida.
Muitos adolescentes e adultos deixam de manifestar sintomas do problema naturalmente conforme crescem, porém aproximadamente 50% dos indivíduos com o transtorno continuam manifestando os sintomas na vida adulta.
Causa do TDAH
As causas ainda são desconhecidas. Porém, estudos apontam para a combinação de fatores ambientais, genéticos e biológicos.
Alguns mostram que a hereditariedade é uma das causas que podem fazer com que a criança desenvolva esse transtorno.
Outras causas que podem estar relacionadas com o desenvolvimento do problema são: sofrimento fetal, desentendimentos familiares, e até mesmo exposição do bebê ao chumbo.
Sintomas
Os sintomas são classificados em três principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Eles podem ser identificados na infância, principalmente no início da fase escolar. No caso, educadores acabam identificando na criança a falta de interesse expressiva, falta de atenção nas atividades desenvolvidas nas escolas, inquietude e a impulsividade.
É importante destacar que a manifestação de um ou de alguns desses sintomas isoladamente e de forma pontual não caracteriza, porém, o diagnóstico do TDAH.
Tipos e graus
O transtorno apresenta diferentes manifestações nas pessoas. Existem três tipos, classificados de acordo com a manifestação dos sintomas:
- predominantemente desatento: apresenta apenas desatenção
- predominantemente hiperativo/impulsivo: apresenta apenas hiperatividade ou impulsividade
- sintomas combinados: apresenta desatenção e hiperatividade ou impulsividade
Para ser classificada em um desses tipos, uma criança precisa manifestar seis ou mais sintomas, pelo menos nos últimos seis meses. Já no caso de adolescentes e adultos, bastam cinco sintomas, no mesmo período de tempo.
Diagnosticado o tipo de TDAH, é preciso identificar o grau, que varia entre leve, moderado e grave, conforme o comprometimento que os sintomas causam na vida do indivíduo.
Além disso, os traços característicos precisam ser notados também em dois ou mais ambientes de convívio da criança, como o familiar e o escolar.
Após todas essas classificações e análises, o diagnóstico da doença é dado por um neurologista ou um psiquiatra, então a pessoa é encaminhada para o tratamento.
Tratamento
Por se tratar de um transtorno e não é uma doença, não há cura para o problema, apenas tratamento. Este é possível por meio da ajuda multidisciplinar de psicólogos, psicopedagogos, psiquiatras, pedagogos, fonoaudiólogos, entre outros.
Os medicamentos também são indicados na terapêutica. Os mais conhecidos são: Ritalina, Concerta, Efexor XR, Venvanse, Strattera, Tofranil, Pamelor e Wellbutrin.
O TDAH não impossibilita a criança de ter uma vida normal, por isso o tratamento específico e multidisciplinar, caso necessário, são imprescindíveis para um desenvolvimento saudável.
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