Alterações de humor são constantes na vida. Há dias em que se acorda mais animado, outros em que o mau humor prevalece. Isso é natural para a maioria das pessoas. Para algumas, entretanto, esses sintomas indicam a presença do transtorno bipolar.
Conheça mais sobre a doença, a seguir.
O que é o transtorno bipolar?
Esta doença provoca alterações de humor repentinas, que podem ir da euforia extrema ao estado depressivo. A oscilação entre um comportamento e outro pode acontecer no mesmo dia, após semanas, ou meses depois.
Quais são os sintomas do transtorno bipolar?
Há duas fases predominantes no transtorno bipolar: a euforia (mania) e a depressão. No primeiro caso, a pessoa se mostrará bastante animada e empolgada, mesmo que não haja um motivo evidente para isso. Ela também pode apresentar mania de grandeza e ter baixa capacidade para avaliar o que acontece à sua volta.
A fase depressiva é marcada pela baixa autoestima, pensamentos negativos, isolamento social, problemas para dormir ou excesso de sono, bem como pouca energia para realizar atividades do dia a dia, entre outros comportamentos.
Uma fase pode mudar para a outra repentinamente, ainda que a pessoa não perceba nem encontre justificativa externa. Quando isso se torna recorrente, é o momento oportuno para procurar ajuda médica.
Causas
A causa exata do transtorno bipolar ainda não foi identificada, mas existem alguns fatores de risco que aceleram os sintomas do distúrbio, como uso de drogas, experiências traumáticas e estresse intenso. Pessoas entre 15 e 25 anos são mais propensas a desenvolverem a doença.
Como é o tratamento?
Primeiramente, deve ser consultado um psicólogo ou um psiquiatra para que ele possa avaliar a situação. Ele fará uma análise psicológica do indivíduo, a fim de observar o padrão de humor e possíveis alterações. Ele também deverá solicitar alguns exames, como sangue e urina, em caso de possíveis complicações devido à doença.
O principal trabalho do especialista será, antes de tudo, identificar o que tem causado as variações de humor. Com o intuito de reduzir o tempo e a quantidade dessas alterações, recorre-se ao auxílio de remédios.
A psicoterapia também será parte fundamental do tratamento. Visto que muitos dos indivíduos acometidos ainda vivem com os pais, é natural que eles não se sintam à vontade para falar sobre os próprios problemas em casa. O psicólogo ou psiquiatra poderá deixar a pessoa mais à vontade para falar sobre motivos que desencadeiem a doença.
O apoio dos amigos e da família também será imprescindível. Eles deverão se colocar abertos ao diálogo construtivo e evitar, ao máximo, fazer julgamentos, colocar pressão, bem como ter qualquer outro comportamento que possa desencadear um surto.
Mesmo que se usem remédios, os episódios de variação de humor ainda poderão ocorrer, o que poderá desmotivar o indivíduo a continuar com o tratamento. Mais uma vez, serão os pais – e todos aqueles que convivem com o paciente – que irão mostrar ser perfeitamente possível manter uma vida normal, ainda que haja o transtorno bipolar.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em Foz do Iguaçu!