O delírio é uma síndrome que afeta temporariamente o pensamento de uma pessoa, interferindo na capacidade de concentração, de permanecer no caminho certo ou desviar a atenção.
Os sintomas, frequentemente, aumentam e diminuem durante o dia e podem perturbar o sono. Confusão, esquecimento, alucinações (ver coisas que não são reais) e sentir-se inquieto também são comuns.
Como os indícios de delírio e demência podem ser semelhantes, a contribuição de um familiar ou cuidador é importante para que um médico faça um diagnóstico preciso. Neste post, aprofundaremos mais sobre o assunto. Confira!
Quais são os sintomas de delírio?
O delírio envolve uma rápida alternância entre estados mentais (de desânimo para agitação e volta para desânimo, por exemplo).
Os sintomas incluem:
- atenção interrompida;
- incapacidade de pensar ou se comportar com propósito;
- fala que não faz sentido (incoerência);
- confusão ou desorientação sobre o tempo e lugar;
- mudanças no sentimento (sensação) e percepção;
- mudanças nos padrões de sono, sonolência;
- mudanças no estado de alerta (significativamente mais alerta na manhã, menos alerta à noite);
- incapaz de se lembrar de eventos desde o início do delírio (amnésia anterógrada);
- mudanças no movimento (podem estar inativas ou em movimento lento);
- movimentos desencadeados por mudanças no sistema nervoso.
Alterações emocionais ou de personalidade, incluindo:
- ansiedade;
- apatia;
- depressão;
- euforia;
- irritabilidade.
Que causas observar?
O delírio ocorre quando o envio e recebimento normal de sinais no cérebro torna-se prejudicado. Esse comprometimento é, provavelmente, causado por uma combinação de fatores que tornam o cérebro vulnerável e desencadeiam um mau funcionamento da atividade cerebral.
As causas possíveis incluem:
- certos medicamentos;
- intoxicação ou abstinência de álcool e drogas;
- desequilíbrios metabólicos, como baixo teor de sódio ou baixo teor de cálcio;
- febre e infecção aguda, particularmente em crianças;
- privação do sono ou sofrimento emocional grave;
- dor;
- cirurgia ou outros procedimentos médicos que incluem anestesia.
Como é feito o tratamento?
O tratamento varia após descoberta da condição específica causadora do delírio. Diagnóstico e cuidados devem ocorrer em um ambiente agradável, confortável, não ameaçador e fisicamente seguro. A hospitalização pode ser necessária por um curto período de tempo.
Parar ou trocar medicações que pioram a confusão, que não são essenciais para o cuidado da pessoa, pode melhorar o funcionamento cognitivo, mesmo antes do tratamento do transtorno subjacente.
Medicamentos podem ser utilizados para controlar comportamentos agressivos ou agitados, que são perigosos para os pacientes ou para aqueles que os rodeiam. Geralmente, são administrados em doses muito baixas, com ajuste conforme necessário.
O tratamento psiquiátrico formal também deve ser avaliado. A modificação da conduta pode ajudar algumas pessoas a controlar atitudes inaceitáveis ou perigosas. Essa técnica consiste em recompensar comportamentos apropriados ou positivos e ignorar os inadequados (dentro dos limites da segurança).
A orientação da realidade, com o reforço repetido de sugestões ambientais pode ajudar a reduzir a desorientação e eliminar o delírio.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Foz do Iguaçu!