Mais de 150 mil casos de esquizofrenia são diagnosticados por ano no Brasil. Caracterizada por alterações no funcionamento da mente, é uma doença psiquiátrica que provoca distúrbios do pensamento e das emoções.
Mudanças de comportamento, experiências que parecem não ter contato com a realidade, fala ou comportamento desorganizado e participação reduzida nas atividades cotidianas são algumas características do distúrbio.
Ele ainda afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza.
Causa
A causa exata ainda é desconhecida, porém pode ter origem com a combinação de diversos fatores, como genética, ambiente e alteração da estrutura cerebral.
Estudos apontam que há maior risco do desenvolvimento do distúrbio dentro de uma mesma família. Quanto ao ambiente, pode incluir uso de drogas, infecções virais, desnutrição durante a gravidez, complicações no parto, experiências psicológicas negativas ou ainda abuso físico ou sexual.
Sintomas
No sexo masculino, os sintomas do distúrbio aparecem entre os 15 e 20 anos. Já em mulheres, os sinais são mais frequentes próximo aos 30 anos de idade. Embora raro, também é possível o aparecimento da doença em crianças e idosos.
Existem dois tipos de sintomas, classificados como produtivos e negativos.
Delírios e alucinações caracterizam os sintomas produtivos. Em casos de delírio, a pessoa acredita em algo que não é real, como em ser perseguida e observada. Nas alucinações, por exemplo, ela escuta vozes e tem visões.
Nessa situação são identificados também: pensamento desorganizado, em que a pessoa fala coisas desconexas e sem sentido; anormalidades na forma de se movimentar, com movimentos descoordenados e involuntários; além de alterações do comportamento, podendo haver surtos psicóticos, agressividade, agitação e risco de suicídio.
Já os sintomas negativos do distúrbio tem como característica a diminuição dos impulsos e da vontade, o isolamento social, a falta de autocuidado, e a perda de capacidade de sentir alegria ou tristeza conforme a situação em que vive.
Tipos
A doença é classificada conforme os sintomas, apresentando-se de cinco formas:
- Esquizofrenia paranoide: com predomínio de alucinações e delírios
- Hebefrênica ou desorganizada: com pensamentos e discursos desconexos
- Catatônica: alterações posturais, com posições bizarras mantidas por longos períodos
- Simples ou residual: não apresenta delírios ou alucinações, porém progressivamente há perda da afetividade e da capacidade de interagir com outras pessoas
- Indiferenciada: os sintomas da doença estão presentes, mas o paciente não se encaixa nos tipos citados
Tratamento
Apesar de não ter cura, a esquizofrenia pode ser bem controlada. O tratamento costuma ser necessário por toda a vida e geralmente envolve uma combinação de medicamentos, psicoterapia e serviços de cuidados especializados.
Os medicamentos utilizados são antipsicóticos, como Risperidona, Quetiapina ou Clozapina, receitados com orientação médica.
A psicoterapia e a terapia ocupacional também são indicadas como forma de ajudar o paciente com esquizofrenia a se reabilitar e reintegrar à família e à sociedade.
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