As cobranças e as demandas da vida moderna têm tornado o estresse cada vez mais comum e frequente entre a população. No entanto, o que já foi um sentimento necessário à nossa sobrevivência, se tornou um grave perigo à saúde mental.
Neste artigo, falaremos sobre as consequências do estresse excessivo não só para o organismo, mas também para o bom funcionamento do seu cérebro. Então, se tem interesse no tema, continue a leitura do texto.
Antes, entenda o que é o estresse
O estresse é uma reação do corpo às mudanças que demandam uma resposta imediata ou adaptação a uma nova realidade. De modo geral, ele pode ser experimentado em função de fatores externos como trabalho, traumas, problemas pessoais ou familiares, ou até em decorrência de pensamentos que desencadeiam o problema.
Quando isso ocorre, o nosso sistema nervoso reage liberando uma descarga dos chamados hormônios do estresse, adrenalina e cortisol, que, por sua vez, avisam o corpo de que é necessário reagir.
Assim, há uma alteração em todo o corpo. O ritmo cardíaco acelera, os músculos contraem, a pressão sanguínea aumenta, a respiração fica mais ofegante e os sentidos são aguçados. Tudo isso ocorre para que tenhamos mais força e resistência para potencializar nossa reação.
Por outro lado, o estresse produz efeitos colaterais positivos, como, por exemplo, melhorar o foco e a concentração, fornecimento de energia e manutenção do estado de alerta.
Como identificar que há algo de errado?
O corpo humano é capaz de administrar o estado de estresse. No entanto, quando está em excesso gera uma sobrecarga física e emocional que reverbera em todo o organismo, inclusive na saúde mental.
Para evitar esse descontrole, é necessário aprender a identificar os sinais de estresse que, na maioria das vezes, são ignorados. Alguns dos principais sintomas presentes são:
- enxaqueca que pode durar horas ou até dias, sendo acompanhada de náusea, tontura ou desmaios;
- dores musculares: dores nas costas sem causa aparente são muito comuns. Isso ocorre porque o cortisol leva ao aumento da percepção da dor;
- tensão dos músculos: os músculos ficam tensionados, principalmente na região dos ombros, pescoço e rosto;
- distúrbios de sono: o excesso de estresse pode causar bruxismo, sonambulismo e síndrome das pernas inquietas;
- palpitações: podem ocorrer batimentos acelerados em momentos de repouso;
- problemas digestivos: pessoas que estão frequentemente estressadas tendem a apresentar sintomas de gastrite nervosa.
E a saúde mental? Como é impactada?
Quando o estresse é crônico, podemos correr vários riscos como, por exemplo, desenvolver quadros de ansiedade e depressão. Isso porque essa sensação provoca danos na estrutura cerebral, principalmente nas áreas ligadas à memória e ao aprendizado.
Além disso, o seu excesso pode levar a alterações no humor, irritabilidade, dificuldade para relaxar, sensação de sobrecarga, infelicidade, maior sensibilidade emocional, choro frequente e sentimento de solidão.
Neste sentido, é fundamental buscar reduzir e controlar o nível de estresse. Para isso, o acompanhamento psicológico é fundamental, pois o profissional possui recursos que ajudam a identificar e evitar os gatilhos que desencadeiam esse sentimento.
Enfim, se você lida com o estresse e percebe que ele está afetando a sua saúde, não hesite em buscar a avaliação de um médico. Caso contrário, os sintomas podem piorar e gerar danos irreversíveis na sua saúde mental e também na sua qualidade de vida.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Foz do Iguaçu!
